Viagem a Cabo Verde, onde é sempre verão

Cabo Verde é um arquipélago que preserva locais maravilhosos e onde é sempre verão: o que ver e como organizar a viagem
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Santiago, Ilha de Cabo Verde

O calor, o sol, o mar e a luz trazem-nos de volta ao mundo. Por isso, é sempre aconselhável organizar férias naqueles magníficos lugares do mundo onde é praticamente sempre verão. Claro que mesmo nestas localidades há períodos mais adequados do que outros para viajar, mas no geral estamos a falar de zonas paradisíacas onde as temperaturas são sempre elevadas.



Uma delas é um maravilhoso arquipélago que ganha vida ao largo da costa noroeste de África, ilhas de origem vulcânica que se estendem a cerca de 500 quilómetros de distância do Senegal: Cabo Verde.

Cabo Verde: informações úteis

No total o Ilhas de Cabo Verde são 10 e estão geograficamente divididos em dois grupos: o Barlavento (ou Sopravento) a norte, de clima mais seco, nomeadamente Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Ilha do Sal e Boa Vista; o Sotavento (ou Sotavento) a sul, ligeiramente mais chuvoso, nomeadamente Maio, Santiago, Fogo, Brava.

Escolher Cabo Verde para as suas férias é como fazer dez viagens diferentes para um mesmo destino: cada ilha é diferente da outra e, além disso, apesar de representarem o último reduto da África Ocidental, caracterizam-se por uma cultura que é uma mistura perfeita entre os hábitos e costumes da África, da Europa e até do Brasil.



Lugares incríveis, portanto, que se erguem no meio do Oceano Atlântico e estão dispostos em forma de enorme ferradura. Locais onde as praias são quase infinitas, onde o mar é verdadeiramente cristalino, a natureza ainda é pura e incontaminada e as pessoas estão sempre sorridentes e acolhedoras.

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Uma praia em Cabo Verde

Conhecer as ilhas cabo-verdianas

Como referimos acima, existem 10 ilhas cabo-verdianas e, apesar de estarem próximas umas das outras, escondem locais e maravilhas que muito diferem entre si.

No entanto, estão todos rodeados por um mar azul intenso, que por vezes se confunde com florestas verdejantes, ou com vestígios de deserto, bem como com as cores escuras dos picos vulcânicos.

Santo Antão, l’isola più verde

Santo Antão faz parte das ilhas do Barlavento e é também o segundo maior do arquipélago de Cabo Verde. Por muitos viajantes é até considerada a mais bonita, o que não surpreende porque é um verdadeiro baú de maravilhas.

De facto, atracar nestas paragens permite-lhe perder o olhar e viver experiências emocionantes entre paredes rochosas escarpadas, desfiladeiros misteriosos, desfiladeiros e vales, um oásis verde esmeralda onde há espaço para pinhais mas também para plantas tropicais.

Entre as coisas para ver com certeza mencionamos:

  • Ribeira das Fontainhas e Cruzinha da Garça: duas micro aldeias empoleiradas no chão que conseguem emocionar;
  • Ribeira do Paul: o vale ideal para fazer caminhadas e descobrir a natureza mais autêntica e verdadeira;
  • Tarrafal: um oásis perdido no meio de um deserto cor de avelã e localizado ao longo de uma praia de areia muito preta.
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Um recanto de Santo Antão

São Vicente, l’isola del Carnevale

Também integrada nas ilhas do Barlavento, caracteriza-se pela presença de diversas crateras, como a que forma a espectacular Baía do Mindelo. São Vicente é a ilha ideal para quem procura diversão e vida noturna: aqui até se celebra o Mardi Gras, a versão local do Carnaval brasileiro.



Entre as maravilhas a não perder destacamos:

  • Mindelo: uma espécie de Riviera Francesa Cabo-verdiana graças às suas ruas de paralelepípedos, edifícios coloniais e muitos iates;
  • Calhau: onde ganham vida as melhores praias da ilha;
  • Salamansa: uma curiosa vila de pescadores que oferece uma praia de areia escura.

Santa Luzia, uma ilha desabitada

Parte do Barlavento também é Santa Luzia mas, ao contrário das outras, é uma ilha desabitada. Caracterizada por uma zona plana sustentada por altas dunas de areia, e outra zona com costas altas e montanhas majestosas, chama a atenção porque é cheia de contrastes: o deserto mistura-se com vislumbres vulcânicos negros, que depois se fundem com praias muito brancas e dunas de areia. Tudo isso, como você pode imaginar, emoldurado por um mar cristalino.

São Nicolau, para os amantes do turismo activo.

São Nicolau Apresenta-se ao viajante como um território árido e desolado, mas na realidade é o berço de vales muito verdes e picos muito altos, incluindo o imponente Monte Gordo (1312 metros acima do nível do mar).

O local ideal para os amantes da natureza e do turismo activo, até porque as zonas costeiras, embora esplêndidas, são de muito difícil acesso.

Algumas das belezas da ilha para visitar são:

  • Ribeira Brava: capital da ilha onde se ramificam ruas estreitas e dominadas por telhados de telha;
  • Tarrafal de São Nicolau: com muitas paisagens deslumbrantes e caracterizada por uma mistura de montanhas, vales verdes e praias imaculadas.

Ilha do Sal, entre o surf e praias paradisíacas

Além de ser a mais fácil de chegar a partir de Itália, a Ilha do Sal é também onde se situam os principais serviços de todo o arquipélago. Apesar de ser de pequena dimensão, apresenta uma morfologia peculiar constituída por zonas planas e arenosas que se misturam com zonas rochosas mas com relevos de altitude modesta. Ah, é um local ideal para quem tem disposição para esportes aquáticos como o surf.



Existem muitas belezas para explorar, incluindo:

  • Salinas de Pedra de Lume: onde a camada de sal assume cores diferentes, todas particularmente evocativas;
  • La praia e a vila de Santa Maria: completamente branco e com vento sempre perfeito para surf, kitesurf e windsurf;
  • Piscina natural de Buracona: cavernas profundas e fendas entre as rochas onde se insinuam as águas límpidas do mar.
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Um Anglo da Ilha do Sal

Boa Vista, a ilha mais arenosa

Juntamente com o Sal, Boa Vista é a ilha onde o visitante pode encontrar todos os serviços que pretende. Além disso, é uma das maiores ilhas do arquipélago e até a mais arenosa. Entre paisagens inesquecíveis, natureza intocada e fauna livre de perigos, aqui o tempo passa em nome da beleza e do relaxamento.

Entre os locais a visitar destacamos:

  • Deserto de Viana: uma espécie de pedaço do Saara no meio do Atlântico. Caracteriza-se pela areia particularmente branca e pela presença de dunas;
  • Praia de Atalanta: onde repousa o naufrágio do navio Cabo Santa Maria, naufragado em 1968;
  • Praia de Santa Mônica: graças às suas dunas e águas cristalinas, é considerada uma das mais belas praias do arquipélago.

Maio, o mais subestimado

Maio é provavelmente a ilha mais subestimada de Cabo Verde. Mas aqui existem enormes extensões de praia dourada: é mesmo a ilha com maior relação praia/extensão do arquipélago.

Igualmente fascinante é o incrível interior pontilhado de acácias e onde se situam treze encantadores centros habitados.

Santiago, o maior de todos

O tédio não existe Santiago: é a maior ilha de todo Cabo Verde. É uma magnífica faixa de terra onde se alternam praias arenosas, planícies desérticas, vales verdejantes e um interior montanhoso. Basicamente tem de tudo, um daqueles lugares onde você não poderia pedir mais,

Algumas das paragens a não perder são:

  • Praia: Capital de Cabo Verde e com centro que se ergue num planalto, uma espécie de fortaleza que parece proteger o Oceano;
  • Águas Verdes: um oásis verde com imensos baobás para passear e criar ligação com a natureza;
  • Praia de baixo: com areia dourada, é banhada por um mar cristalino e é ideal até para prática de snorkeling e mergulho.

Fogo, de paisagens lunares

Como o próprio nome sugere, Fogo, é uma ilha tão vulcânica que é emoldurada por paisagens lunares e acidentadas pontilhadas por formações lávicas. O terreno mais indicado para quem gosta de trekking e caminhadas. Além disso, por aqui é imperdível provar o Manecom, um saboroso vinho que também é exportado para o estrangeiro.

Entre as maravilhas que você absolutamente deve visitar estão:

  • Pico do Fogo: o vulcão (ainda ativo) cuja silhueta domina toda a ilha e com uma caldeira de 9 quilómetros de largura;
  • São Filipe: a principal cidade que preserva elegantes casarões coloniais e um sugestivo mirante panorâmico;
  • Fonte de Vila: com uma praia de areia bem preta.

Muito bem, por fazer uma viagem no tempo

Por último, mas não menos importante, Brava. É uma ilha onde o tempo parece ter parado no século XIX. Repleta de colinas em socalcos, a vida aqui flui em ritmo sonolento. Apesar do seu incrível interior montanhoso e de um litoral que deixa sem palavras pela sua beleza, é a ilha menos frequentada por turistas estrangeiros.

Entre as paradas a não perder estão:

  • Nova Sintra(Vila): a pequena capital que ganha vida num pequeno planalto constantemente rodeado por uma coroa de nuvens;
  • Fajã d'Água: uma pitoresca aldeia situada numa posição esplêndida entre uma enseada rochosa e altas falésias.
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Fogo com o seu vulcão

O que saber antes da viagem

Como já deves ter adivinhado nas linhas anteriores, o arquipélago de Cabo Verde tem algo de belo para todos os gostos. Porém, antes de organizar a viagem é bom saber que para chegar às ilhas não é necessário visto de turista (se estiver viajando a lazer), mas ainda assim é imprescindível ter um passaporte com validade residual de pelo menos 6 meses.

No que se refere a melhor hora para ir, a realidade dos factos é que o clima é bom praticamente todo o ano, mas que de Novembro a Junho o clima é agradável e arejado, enquanto de Julho a Setembro o clima é quente, húmido e com possibilidade de chuva, ainda que esporádica. Por fim, saiba que o poder surpreendente do Oceano nem sempre permite nadar nas suas águas límpidas.

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